A nova geração de Animais de Estimação
Os seus cuidados e as suas peculiaridades
Répteis
Desde os primórdios da história, o ser humano utilizou a convivência com os animais a seu favor, através da domesticação.
Depois de atravessar a linha da conveniência e utilidade, para a companhia e o carinho, nos dias de hoje a curiosidade leva o Homem a explorar caminhos novos, procurando animais de estimação incomuns e diferenciados.
Os répteis tornaram-se escolhas populares para os amantes dos animais exóticos. Num estudo realizado em 2017, estimou-se que na União Europeia, existiam cerca de 8 milhões de répteis mantidos como animais de estimação. Contudo, continuamos a ser deparados por uma elevada taxa de mortalidade destes companheiros, muitas vezes por falta de informação dos seus tutores.
Durante esta semana, falaremos em algumas das espécies mais encontradas nas casas dos portugueses e nos seus cuidados básicos, para que possamos dar luzes a quem pretende adquirir um amigo mais exótico e alargar o conhecimento de quem já fomentou esta amizade.
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Tem se tornado um dos répteis de eleição entre os iniciantes no mundo dos exóticos. É um réptil de simples maneio, com cuidados acessíveis e um caráter brando e sociável.
Este lagarto pode chegar aos 15 anos de idade, no entanto a sua esperança média de vida em cativeiro é de 12 anos. É um animal de pequeno porte, podendo atingir os 50-60 cm e pesando em média 400-500gr.
É uma espécie omnívora, alimentando-se de insetos, vegetais e frutas. A dieta deve ser adequada à sua faixa etária. Quando jovens (até aos 12 meses), a sua alimentação deve consistir em cerca de 70% de insetos e 30% de frutas e vegetais. Na idade adulta, devemos praticar o oposto. As frutas e os vegetais tornam-se o centro da dieta, incorporando 70%
desta. Os insetos mais comuns e adequados para o dragão barbudo são os grilos, as larvas-da-farinha, as baratas e os gafanhotos. Este tipo de alimento pode ser comprado em lojas de animais ou online, havendo até quem faça a sua produção em casa. Quanto a vegetais e frutas, existe uma grande variedade que pode ser oferecida, sendo os mais usuais a cenoura, o repolho, a rúcula, a maça e a pera. Devemos alimentar esta espécie a cada dois dias, ou todos os dias quando temos animais jovens.
A água deve ser fornecida limpa e fresca, num bebedouro de fácil acesso. Para além disso, uma vez por semana, este réptil deve ter oportunidade de ficar submerso em água morna (cerca de 35ºC ou à temperatura do terrário). Isto vai ajudar com a sua limpeza, na mudança de pele e na sua própria hidratação.
O terrário deve ser largo e o ar deve poder circular livremente. Devemos proporcionar ao máximo um ambiente desértico, utilizando ramos e troncos, pedras e esconderijos. O tamanho do terrário nunca poderá ser abaixo dos 100x50x50cm, no entanto aconselhamos tamanhos maiores, de forma a garantir mais conforto e comodidade ao animal.
A manutenção da temperatura e humidade do terrário é essencial para o bem-estar desta espécie. Importante realçar que, tal como para qualquer espécie de réptil, devemos criar zonas de diferentes temperaturas dentro do terrário. A zona mais fresca deverá estar entre os 29º-30ºC, baixando para 22º-25ºC durante a noite, e a zona mais quente entre os 35º-40ºC, utilizando uma lâmpada de basking spot, fora do alcance do dragão barbudo, de forma a evitar acidentes. A humidade do terrário não deve baixar dos 30% e nunca deve subir dos 50%. Estes valores podem ser medidos e mantidos com material e instrumentos próprios.
Sendo o dragão barbudo um animal diurno, é também importante ter atenção na iluminação que lhe fornecemos. É essencial utilizar luzes com níveis adequados de raios UVA, UVB e luz visível, para que a vitamina D3 e o cálcio sejam bem sintetizados.
Curiosidades:
O dragão barbudo tem uma linguagem corporal muito elaborada, utilizam vários movimentos da cabeça, dos membros, da cauda e do tronco, de forma a comunicar entre si. Para além disso, de forma a comunicar o seu descontentamento, e também como exibição na altura do acasalamento, conseguem expandir a bolsa repleta de escamas pontiagudas que possuem na zona inferior do pescoço.
O sexo das crias é determinado pela temperatura dos embriões. Isto apresenta uma dificuldade para a espécie na natureza, visto que o aumento das temperaturas pelas alterações climáticas pode significar uma criação em excesso de fêmeas.
A cor do dragão barbudo pode mudar de acordo com a temperatura em que se encontra ou com o seu humor.
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Com inúmeras variações de coloração, a cobra do milho é a escolha acertada para quem quer entrar no mundo das cobras. É uma cobra não venenosa que pode chegar aos 1,7m de comprimento e às 800gr e pode chegar aos 15 anos de idade.
A alimentação desta espécie é normalmente feita com ratazanas ou ratos congelados, sendo que alguns tutores escolhem realizar uma dieta com alimento vivo, o que não aconselhamos devido à possível agressividade do rato ou ratazana para com o réptil. O alimento deve ser fornecido com pinças, não contactando com a nossa pele, pois devido ao nosso cheiro, a cobra poderá recusar-se a comer. Quando jovem, este animal deve ser alimentado uma a duas vezes por semana, enquanto adultos podem ser alimentados apenas uma ou duas vezes por mês.
A água deve ser fornecida num recipiente grande o suficiente para a cobra ficar submersa, sendo essencial para a troca de pele e hidratação do espécime.
Uma cobra do milho adulta deverá viver num terrário de, no mínimo, 120x60x120cm, no entanto é aconselhado um terrário de maiores dimensões. Deverá ter vários esconderijos, e estruturas onde o réptil possa exercer o seu comportamento natural de trepar. Estas estruturas podem ser feitas com pedras e ramos (atenção à contaminação por pesticidas se utilizar ramos retirados da natureza).
Esta espécie é conhecida por ser bastante resistente, no entanto é essencial ter os cuidados apropriados na temperatura e humidade do terrário. A temperatura da zona fria do terrário deve rondar os 24º-28ºC, baixando para 20ºC durante a noite. A zona quente deve atingir os 35ºC, de forma a permitirmos ao animal regular a sua temperatura corporal.
A humidade deve ser mantida a 50-60%, sendo que deverá atingir os 70% durante a noite. Aquando da muda de pele, podemos aumentar a humidade para 80%.
A iluminação UVA/UVB não é obrigatória, no entanto oferece mais conforto ao réptil, podendo ser utilizada de forma a agradar a cobra. É essencial, no entanto, realizar ciclos dia-noite, de forma a possibilitar os comportamentos noturnos da espécie.
Curiosidades:
As tribos Okeetee diziam que estas cobras eram espíritos reencarnados do milho, devido às suas cores e por serem maioritariamente encontradas em campos de milho.
São muitas vezes mortas por serem confundidas com a víbora cabeça de cobre, uma espécie venenosa.
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O gecko leopardo é, sem dúvida, um dos melhores répteis para quem não tem experiência com terrários. Tem um temperamento calmo, curioso e bastante sociável, sendo conhecido por criar boas relações com os tutores.
Esta lagartixa pode chegar aos 25cm de comprimento, pesa cerca de 70gr e tem uma esperança média de vida de 20 anos.
A sua alimentação é essencialmente insetos, abrangendo gafanhotos, grilos e baratas, que são, normalmente, oferecidos vivos. Os geckos adultos comem, por refeição, cerca de 2 a 4 insetos, oferecidos 2 a 3 vezes por semana. Os jovens podem não comer todos os dias, mas o alimento deve ser oferecido pelo menos de 48h em 48h. A suplementação de cálcio e vitamina D3 pode ser necessária.
É essencial montar um terrário seguro, para evitar fugas, e evitar decoração com altura, de forma a prevenir quedas. É essencial oferecer água à disposição, num recipiente adequado. Os esconderijos são também imprescindíveis, sendo importante oferecer um esconderijo seco e um esconderijo húmido, devido às mudas de pele e à hidratação do animal.
O tamanho mínimo do terrário é 40x40x30cm, sendo sempre aconselhado uma maior dimensão.
A temperatura deve abranger os 28º-35ºC, sendo que a zona quente pode ser feita através de um tapete de aquecimento. Durante a noite a temperatura deverá rondar os 20ºC, nunca descendo dos 16ºC. A humidade deve estar entre os 40-50%, podendo aumentar até aos 70% durante a noite e em alturas de muda de pele.
Esta espécie não requer iluminação UVA/UVB, mas de forma a oferecer mais comodidade ao réptil é benéfico utilizar luz UVB. A realização de ciclos dia-noite é essencial, devido à atividade noturna do gecko leopardo.
Curiosidades:
Tal como as lagartixas que já conhecemos, os geckos leopardos podem realizar a automutilação da cauda em caso de ameaça, stress ou ao serem manipulados indevidamente nesta zona. Se isto acontecer, cresce uma nova cauda.
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A iguana verde é um animal de maior porte, podendo chegar aos 2m de comprimento e aos 8kg de peso. São répteis mais complexos de manter, que podem chegar aos 20 anos de idade e devem ser adquiridos por tutores com alguma experiência.
São animais herbívoros, comendo uma grande variedade de frutas e vegetais. Entre os mais populares a couve, brócolos, pimento, maça, pera e manga. Poderão também ser oferecidas ervas como o dente-de-leão, a luzerna e o trevo. Deverá ser acrescentada um suplementação de cálcio diariamente.
A temperatura deve ser mantida entre os 27º-28ºC durante o dia, com uma zona quente entre os 33º-36ºC. Durante a noite, a temperatura pode baixar até aos 25ºC. A humidade deve atingir os 80%, podendo baixar até aos 60%. Durante a muda de pele, a humidade poderá atingir os 100%.
O terrário deve ter as dimensões mínimas de 3x2x1,5m, no entanto recomendamos que seja o maior possível, dado o grande tamanho da espécie. Deve ser um terrário alto e com estruturas que possibilitem o comportamento natural de trepar, visto serem animais arborícolas. Recomendamos a presença de troncos, ramos e superfícies rochosas que estimulem a atividade física.
A iluminação UVA e UVB é obrigatória. A iluminação inadequada poderá resultar numa descalcificação dos ossos e doenças e deformações podem advir.
Curiosidades:
As iguanas não conseguem mudar de cor como os camaleões, mas podem apresentar mudanças no tom da sua coloração quando sujeitos a stress ou devido à temperatura e exposição solar.
Como muitos répteis, a iguana tem um olho parietal, conhecido como “terceiro olho”, neurologicamente funcional, que deteta a luz solar e a sombra, ajudando a indicar as condições atmosféricas e a regular o ciclo diário.
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Pequenos Mamíferos
Roedores
Carnívoro
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Os Hamsters são animais de estimação adoráveis e populares em todo o mundo.
Esses pequenos roedores são conhecidos pela sua personalidade encantadora e são uma excelente escolha para pessoas que procuram um animal de estimação de baixa manutenção. No entanto, embora sejam pequenos, os hamsters requerem cuidados específicos para garantir que vivam uma vida longa e saudável.
Existem várias espécies de hamsters, como o Sírio, o Anão Russo, o Roborovski e o Chinês. Cada espécie tem as suas próprias características e necessidades. Antes de adquirir um hamster, escolha aquela que melhor se adapte ao seu estilo de vida e preferências.
● Dicas de Alojamento e Alimentação
A gaiola deve ser grande o suficiente para o hamster se mover livremente. Deve-se fornecer uma camada de substrato adequado, para absorver a urina e permitir que o hamster cave e construa tocas. O animal deve ter a sua disposição material para construir o seu próprio ninho. Brinquedos, como rodas de exercícios, túneis e casinhas, devem fazer parte do alojamento, para manter o hamster entretido.
Evite exposição do animal a ruídos altos e stresse excessivo. Um alojamento adequado éessencial para o bem-estar do hamster.
Uma dieta equilibrada é crucial para a saúde do hamster. Este deve ser alimentado com ração específica para hamsters. Devem ainda ser adicionados vegetais frescos, frutas e pequenas quantidades de proteína animal à dieta do hamster para garantir que ele receba os nutrientes necessários. A água deve estar sempre limpa e fresca, fornecendo um bebedouro apropriado.
● Higiene e cuidados diários
Os hamsters são animais limpos, mas ainda assim requerem cuidados diários.
Limpe a gaiola regularmente, removendo resíduos e substituindo o substrato sujo.
Verifique se o hamster tem sempre acesso a um local para se esconder e dormir.
● Socialização e exercício
Embora os hamsters sejam animais noturnos e solitários por natureza, eles ainda precisam de socialização e exercício adequados.
Permita que o hamster tenha tempo fora da gaiola para explorar num ambiente seguro e supervisionado. Interaja com ele suavemente, fornecendo brinquedos interativos e oportunidades para exercícios, como uma roda de exercícios adequada ao tamanho do hamster.
● Cuidados veterinários
Os hamsters também precisam de cuidados veterinários regulares. É recomendável agendar consultas veterinárias periódicas para garantir que o hamster esteja saudável.
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Sendo um pequeno roedor, esta é uma das espécies exóticas mais adotadas. Esta escolha deve-se ao facto dos coelhos possuírem uma personalidade única. Sendo animais muito curiosos, inteligentes e atentos conseguem aprender vários truques facilmente e são muito asseados. Estes pequenotes podem ter uma longevidade de vida entre os 7-12 anos, pelo que a sua adoção é um compromisso de longa data.
Alojamento e alimentação:
Podem adaptar-se facilmente a diferentes ambientes, desde casas maiores ou pequenos apartamentos, o que contribui também para a sua grande percentagem de adoção. Este animal pode viver exclusivamente no exterior de uma casa, por exemplo num espaço como um jardim ou num espaço interno como uma gaiola. Coelhos que vivem exclusivamente em gaiolas, beneficiam de atividade física com rotina, uma vez que ficam muito tempo num espaço mais reduzido.
Quanto ao substrato do habitat este pode ser variado, desde lascas de madeira, palha/feno, pellets ou areia de sílica.
É fundamental ter um espaço com tamanho adequado a proporcionar um local para dejecções longe da zona de alimentação, pois estes animais são muito asseados neste ponto de vista. A zona da “casa de banho” deve ser limpa com bastante frequência para garantir uma boa higiene e saúde do coelho.
Estes roedores devem manter um dieta equilibrada com ração formulada para a espécie e é possível complementar a alimentação com legumes, frutas e verduras frescas. Um alimento que não pode faltar na dieta é o feno, pois os dentes destes roedores crescem continuamente, e o feno ajudará ao desgaste. Caso não haja um desgaste rotineiro na dentição, o sobrecrescendo dentário pode conduzir a problemas de saúde graves, podendo levar á morte do coelho.
Frutas: 1-2vezes por semana (alto teor de açúcar) Maçã, Pêra, Melão (incluindo a casca), Banana, Manga, Ananás, Melancia, entre outras.
Legumes e vegetais: (introduzir legumes novos um de cada veze observar as fezes do animal) Pimentão verde, alface, agrião, abóbora, pepino, couve de bruxelas, entre outros
Feno: deve ser a base da alimentação
Alimentos proibídos: Batatas, milho, feijão, nozes - alimentos de difícil digestão.
Socialização e enriquecimento ambiental
Estes animais são muito sociáveis e gostam de estar em grupo, pelo que é possível considerar arranjar uma companhia para eles, mas é necessária uma avaliação individual. Devem ser fornecidos brinquedos para manter o nosso amiguinho estimulado mentalmente principalmente durante períodos da nossa ausência, como túneis, rolos de papelão ou brinquedos que possam roer.
Cuidados Veterinários
Esta espécie tem um protocolo vacinal e de desparasitação específico que deve avaliar com o seu Médico Veterinário.
Curiosidades:
Os coelhos ingerem parte das suas próprias fezes (coprofagia) para garantir uma boa absorção de todos os nutrientes na sua totalidade.
Conseguem aprender muitos truques com o uso de recompensas.
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Aves
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5 Perigos de Natal para os seus animais de companhia
Podemos dizer que esta é sem dúvida uma das épocas festivas mais comemoradas em todo o mundo. É tempo de celebração, amor, alegria e união familiar. No entanto, por detrás das luzes brilhantes, decorações arrojadas e aromas tentadores, existem perigos escondidos para os nossos animais de companhia que nos podem passar despercebidos. Deixamos alguns alertas de segurança para que possa celebrar o seu Natal, com serenidade, paz e na companhia do seu patudo.
Enfeites Natalícios:
O perigo à partida mais evidente para todos, são os enfeites natalícios. É comum nas nossas casas adornarmos uma árvore com bolinhas, fitas e enfeites bem coloridos e brilhantes. Ora, se estas decorações são atraentes aos nossos olhos, não escapam também à curiosidade dos nossos amiguinhos. Os gatos, são atraídos facilmente por estes objetos pendurados, que balançam e brilham, podendo trepar a árvore e derrubá-la ao tentar alcança-los. Isto pode ser apenas um transtorno para quem tem de voltar a pendurar todos os enfeites, mas pode levar a acidentes graves por lesões dos gatinhos ou de algum familiar. Os cães não ficam indiferentes, também a estes adornos natalícios e o maior perigo para eles é mesmo a ingestão dos enfeites, representando um risco de asfixia ou obstrução e perfuração intestinal. Nos gatos, atenção às fitas porque são os enfeites que mais ingerem e também podem trazer graves consequências para a sua saúde.
As luzes brilhantes são também uma forte atração estimulando muitas vezes mordidas que podem levar a choques elétricos graves.
Podemos apresentar como solução montar a árvore de Natal num compartimento, onde o seu animal não tenha acesso sem ser supervisionado, mas existem alternativas muito engraçadas e seguras para árvores de natal amigas dos nossos animais de companhia.
Alimentos perigosos:
A família reúne-se à mesa e, embora eles sejam considerados “família”, não devem ter acesso à nossa ceia. A ceia deles deve ser especialmente direcionada para as suas necessidades fisiológicas e restrições específicas. Devemos ter atenção e não deixar comida em cima da mesa ou de fácil acesso, para que os nossos pequenos assaltantes não provem nada que não devam. Mas o cuidado não deve ser apenas com eles. Queremos com isto dizer que o Tio ou Avô que foi convidado para jantar e que gosta de dar uns miminhos escondidos debaixo da mesa, deve ser alertado para os riscos que podem advir desse gesto. Consciencializar todos os familiares é prevenir possíveis acidentes.
O chocolate, por exemplo, é altamente tóxico devido à presença de Teobromina podendo causar complicações digestivas desde vómitos e diarreias a quadros mais severos de complicações cardíacas, renais e neurológicas. Outros alimentos como uvas passas, cebola, alho, nozes e alimentos gordurosos podem provocar desconforto abdominal, intoxicações e até pancreatite.
Plantas típicas natalícias como o azevinho e a flôr Estrela de Natal são altamente tóxicas para gatos, por isso eles não devem ter acesso a elas.
Lareiras e aquecedores:
O nosso felino sendo por natureza um animal curioso, ao aproximar-se da lareira ou fontes de calor, pode adquirir queimaduras graves. Cães brincalhões e sem noção de temperatura também podem queimar-se. Uma das soluções que apresentamos é tapar a lareira com painéis próprios para salvaguardar quedas ou saltos indesejados. A lenha constituiu também um perigo se o nosso animal de companhia a mordiscar e ingerir pequenos pedaços, levando muitas vezes a desconforto gastro-intestinal e sequelas por perfuração.
Se utilizar velas como adorno natalício, o ideal é coloca-las num local sem acesso a patinhas e bocas curiosas.
Presentes de natal:
Os embrulhos dos presentes são tentadores, todos coloridos e com fitas brilhantes. Normalmente a tendência dos nossos patudos é puxar as fitinhas com a boca, muitas vezes acabando por engoli-las. Isto pode levar a cirurgias de urgência com alto risco para o nosso animal. O ideal é tirar os presentes de Natal do alcance deles.
Stress e alterações de rotina:
Se vai ter familiares em casa que não são habituais lembre-se que este espaço é a casa do seu patudo e que ele não está habituado a dividi-lo com tanta gente. Este pode ser um momento de bastante stress para o seu animal. Apostar na prevenção de problemas é sempre a melhor solução. Se vai receber crianças comece por instruí-las de que nesta casa há um animal que deve ser respeitado. As crianças devem saber que só podem fazer festinhas quando o adulto permitir e se o animal quiser! Afinal de contas nós também não gostaríamos que um desconhecido nos abordasse para fazer um carinho.
Informe-se com o seu médico veterinário que soluções de ferormonoterapia ou calmantes existem para acalmar os nossos animais em mudanças de rotina, pois essa poderá ser uma ajuda imprescindível. Disponha sempre de um local de abrigo seguro para o seu animal, caso ele se queira ausentar da confusão, com acesso a comida e água.
Certifique-se de que o seu animal se encontra corretamente registado na plataforma SIAC (base de dados dos registos dos Microchips) para que, em casos de fuga, seja facilmente identificado e devolvido.
O Natal é uma época mágica, não deixe que nada retire esta magia. É um momento de união, de partilha e comemoração. Deve existir um cuidado extra para garantir a segurança de todos. Com a devida precaução conseguimos assegurar que os nossos companheiros de 4 patas também desfrutem das festividades.
No final da noite, depois de todos se irem deitar, tire um tempinho para o seu companheiro. Estivemos todo o dia atarefados de um lado para o outro e, por vezes, esquecemos que o mais importante para eles é a nossa companhia!
5 Perigos de Natal para os seus animais de companhia
Podemos dizer que esta é sem dúvida uma das épocas festivas mais comemoradas em todo o mundo. É tempo de celebração, amor, alegria e união familiar. No entanto, por detrás das luzes brilhantes, decorações arrojadas e aromas tentadores, existem perigos escondidos para os nossos animais de companhia que nos podem passar despercebidos. Deixamos alguns alertas de segurança para que possa celebrar o seu Natal, com serenidade, paz e na companhia do seu patudo.
Enfeites Natalícios:
O perigo à partida mais evidente para todos, são os enfeites natalícios. É comum nas nossas casas adornarmos uma árvore com bolinhas, fitas e enfeites bem coloridos e brilhantes. Ora, se estas decorações são atraentes aos nossos olhos, não escapam também à curiosidade dos nossos amiguinhos. Os gatos, são atraídos facilmente por estes objetos pendurados, que balançam e brilham, podendo trepar a árvore e derrubá-la ao tentar alcança-los. Isto pode ser apenas um transtorno para quem tem de voltar a pendurar todos os enfeites, mas pode levar a acidentes graves por lesões dos gatinhos ou de algum familiar. Os cães não ficam indiferentes, também a estes adornos natalícios e o maior perigo para eles é mesmo a ingestão dos enfeites, representando um risco de asfixia ou obstrução e perfuração intestinal. Nos gatos, atenção às fitas porque são os enfeites que mais ingerem e também podem trazer graves consequências para a sua saúde.
As luzes brilhantes são também uma forte atração estimulando muitas vezes mordidas que podem levar a choques elétricos graves.
Podemos apresentar como solução montar a árvore de Natal num compartimento, onde o seu animal não tenha acesso sem ser supervisionado, mas existem alternativas muito engraçadas e seguras para árvores de natal amigas dos nossos animais de companhia.
Alimentos perigosos:
A família reúne-se à mesa e, embora eles sejam considerados “família”, não devem ter acesso à nossa ceia. A ceia deles deve ser especialmente direcionada para as suas necessidades fisiológicas e restrições específicas. Devemos ter atenção e não deixar comida em cima da mesa ou de fácil acesso, para que os nossos pequenos assaltantes não provem nada que não devam. Mas o cuidado não deve ser apenas com eles. Queremos com isto dizer que o Tio ou Avô que foi convidado para jantar e que gosta de dar uns miminhos escondidos debaixo da mesa, deve ser alertado para os riscos que podem advir desse gesto. Consciencializar todos os familiares é prevenir possíveis acidentes.
O chocolate, por exemplo, é altamente tóxico devido à presença de Teobromina podendo causar complicações digestivas desde vómitos e diarreias a quadros mais severos de complicações cardíacas, renais e neurológicas. Outros alimentos como uvas passas, cebola, alho, nozes e alimentos gordurosos podem provocar desconforto abdominal, intoxicações e até pancreatite.
Plantas típicas natalícias como o azevinho e a flôr Estrela de Natal são altamente tóxicas para gatos, por isso eles não devem ter acesso a elas.
Lareiras e aquecedores:
O nosso felino sendo por natureza um animal curioso, ao aproximar-se da lareira ou fontes de calor, pode adquirir queimaduras graves. Cães brincalhões e sem noção de temperatura também podem queimar-se. Uma das soluções que apresentamos é tapar a lareira com painéis próprios para salvaguardar quedas ou saltos indesejados. A lenha constituiu também um perigo se o nosso animal de companhia a mordiscar e ingerir pequenos pedaços, levando muitas vezes a desconforto gastro-intestinal e sequelas por perfuração.
Se utilizar velas como adorno natalício, o ideal é coloca-las num local sem acesso a patinhas e bocas curiosas.
Presentes de natal:
Os embrulhos dos presentes são tentadores, todos coloridos e com fitas brilhantes. Normalmente a tendência dos nossos patudos é puxar as fitinhas com a boca, muitas vezes acabando por engoli-las. Isto pode levar a cirurgias de urgência com alto risco para o nosso animal. O ideal é tirar os presentes de Natal do alcance deles.
Stress e alterações de rotina:
Se vai ter familiares em casa que não são habituais lembre-se que este espaço é a casa do seu patudo e que ele não está habituado a dividi-lo com tanta gente. Este pode ser um momento de bastante stress para o seu animal. Apostar na prevenção de problemas é sempre a melhor solução. Se vai receber crianças comece por instruí-las de que nesta casa há um animal que deve ser respeitado. As crianças devem saber que só podem fazer festinhas quando o adulto permitir e se o animal quiser! Afinal de contas nós também não gostaríamos que um desconhecido nos abordasse para fazer um carinho.
Informe-se com o seu médico veterinário que soluções de ferormonoterapia ou calmantes existem para acalmar os nossos animais em mudanças de rotina, pois essa poderá ser uma ajuda imprescindível. Disponha sempre de um local de abrigo seguro para o seu animal, caso ele se queira ausentar da confusão, com acesso a comida e água.
Certifique-se de que o seu animal se encontra corretamente registado na plataforma SIAC (base de dados dos registos dos Microchips) para que, em casos de fuga, seja facilmente identificado e devolvido.
O Natal é uma época mágica, não deixe que nada retire esta magia. É um momento de união, de partilha e comemoração. Deve existir um cuidado extra para garantir a segurança de todos. Com a devida precaução conseguimos assegurar que os nossos companheiros de 4 patas também desfrutem das festividades.
No final da noite, depois de todos se irem deitar, tire um tempinho para o seu companheiro. Estivemos todo o dia atarefados de um lado para o outro e, por vezes, esquecemos que o mais importante para eles é a nossa companhia!